Cuidar de alguém com Alzheimer é mais do que acompanhar a perda de memória: é um exercício diário de paciência, amor e criatividade. Hoje compartilho com vocês práticas de cuidado que se mostraram fundamentais na nossa caminhada. São gestos simples, mas cheios de significado, que transformam o dia a dia tanto de quem convive com a doença quanto de quem cuida.
Créditos: Canva1. Estabelecer rotinas seguras
O Alzheimer traz confusão e ansiedade. Ter horários definidos para refeições, remédios e momentos de descanso cria segurança. A rotina é como um abraço invisível que dá previsibilidade a quem já não encontra tantas referências no tempo.
2. Comunicação com carinho
Mais do que palavras, importa o tom da voz, o olhar, o toque. Falar devagar, usar frases curtas e manter contato visual faz toda a diferença. Às vezes não é preciso convencer, mas acolher.
3. Ambiente adaptado
Pequenas mudanças em casa ajudam a evitar acidentes e trazem tranquilidade: boa iluminação, evitar tapetes soltos, usar etiquetas ou fotos para identificar cômodos e objetos.
4. Momentos de conexão
Mesmo que a memória falhe, a emoção permanece. Cantar juntos, olhar álbuns de família, ouvir músicas queridas ou simplesmente segurar a mão: essas experiências criam laços que a doença não consegue apagar.
5. O cuidado com o cuidador
Cuidar de quem tem Alzheimer exige muito — e ninguém consegue sozinho. Buscar apoio, dividir tarefas, descansar, pedir ajuda, faz parte do cuidado. Afinal, só conseguimos oferecer presença e amor se estivermos minimamente bem.
O Alzheimer pode roubar lembranças, mas não precisa roubar a dignidade, nem os momentos de afeto. As práticas de cuidado são pontes: unem corações, aliviam a jornada e lembram que, mesmo na fragilidade, há espaço para amor e esperança.
“Cuidar é também aprender a viver de um jeito novo, um dia de cada vez.” - Finaliza Lucinda Magalhães.

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