O dia em que recebemos o diagnóstico de demência e descobrimos que, entre tantas, a mais comum é o Alzheimer, foi um dos mais difíceis da minha vida. É um daqueles momentos que dividem a história da gente em “antes” e “depois”.
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| Eu e meu marido Fernando, bem antes do diagnóstico de Alzheimer | Em um restaurante Francês em Paraty |
A partir dali, tudo mudou. A rotina, as conversas, os olhares… e até o silêncio passou a ter outro significado. Foi também nesse dia que nasceu um propósito dentro de mim: ajudar outras famílias que estão trilhando esse mesmo caminho. Assim surgiram as Vivências da Lucinda, um espaço para partilhar aprendizados, dores, descobertas e, principalmente, amor.
Com o tempo, fui entendendo que as demências não têm cura, mas o cuidado tem poder. Cabe a nós, cuidadores, sejam familiares ou profissionais, tornar os dias mais leves, agradáveis e cheios de sentido para quem amamos.
Aprendemos, na convivência, que o Alzheimer passa por fases, inicial, média e avançada, e que cada uma exige de nós novas formas de lidar, novas estratégias, novos gestos. E quanto mais conhecemos a doença, melhor conseguimos cuidar. O conhecimento é, sem dúvida, uma das formas mais sinceras de amor.
Meu marido, Fernando, enfrenta o Alzheimer e o Parkinson em estágio avançado. Recentemente, ele também passou por um AVC, o que trouxe novos desafios ao nosso cotidiano. Mas seguimos juntos, com fé, esperança e o desejo de viver cada dia da melhor forma possível.
Que a minha jornada possa inspirar e fortalecer outras pessoas.
Porque quando a gente compartilha o que vive, ninguém caminha sozinho.
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Lucinda Maria Freire Magalhães
Teóloga com Extensão em Aconselhamento Bíblico
✨ Vivências da Lucinda

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