Avanços em medicamentos e debates sobre segurança
Este mês, a aprovação do medicamento donanemab (Kisunla) na União Europeia reacendeu o debate sobre os anticorpos anti-amiloide, que prometem retardar a progressão da doença em estágios iniciais. Apesar da esperança, especialistas destacam os riscos de efeitos adversos, como sangramentos e edemas cerebrais. O entusiasmo é grande, mas acompanhado de cautela.
Diagnóstico precoce: novas ferramentas
Pesquisadores apresentaram um sensor imunológico infravermelho capaz de identificar alterações da proteína β-amiloide no sangue, ainda em fase pré-clínica da doença. Outro estudo destacou a renovação das células imunes do cérebro (microglia) como estratégia futura para combater o Alzheimer. Essas descobertas reforçam a importância de identificar e intervir cedo, antes dos sintomas mais severos.
Investimentos em pesquisa
Nos Estados Unidos, o Centro de Pesquisa sobre Alzheimer da OHSU recebeu US$ 22,8 milhões para continuar estudos e apoiar ensaios clínicos. Além disso, o World Alzheimer Report 2025 foi lançado com foco na reabilitação em demência, defendendo cuidados personalizados que preservem a autonomia e a qualidade de vida.
Mobilização global
Setembro também é o Mês Mundial do Alzheimer, e em várias partes do mundo aconteceram campanhas de conscientização. Em Barcelona, foi anunciado um plano de 6 milhões de euros para prevenção e diagnóstico precoce. Já na França, a agência de saúde negou o acesso antecipado ao medicamento lecanemab, alegando eficácia clínica limitada e preocupações com segurança.
Reflexão final
Essas notícias mostram que a ciência avança, mas os desafios permanecem: medicamentos ainda trazem riscos, diagnósticos precisam de mais acessibilidade, e o cuidado humano continua sendo central. Enquanto aguardamos soluções mais seguras e eficazes, o que já podemos fazer — com exercícios, reabilitação, afeto e acompanhamento — faz toda a diferença no dia a dia de quem vive com Alzheimer.

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