Notícias recentes sobre Alzheimer | Setembro de 2025

Todo final de mês virei compartilhar notícias sobre o Alzheimer. Setembro trouxe novidades importantes no mundo da pesquisa, da saúde e das políticas públicas relacionadas ao Alzheimer. Reuni aqui alguns destaques que ajudam a entender para onde a ciência e a sociedade estão caminhando.

Avanços em medicamentos e debates sobre segurança

Este mês, a aprovação do medicamento donanemab (Kisunla) na União Europeia reacendeu o debate sobre os anticorpos anti-amiloide, que prometem retardar a progressão da doença em estágios iniciais. Apesar da esperança, especialistas destacam os riscos de efeitos adversos, como sangramentos e edemas cerebrais. O entusiasmo é grande, mas acompanhado de cautela.

Diagnóstico precoce: novas ferramentas

Pesquisadores apresentaram um sensor imunológico infravermelho capaz de identificar alterações da proteína β-amiloide no sangue, ainda em fase pré-clínica da doença. Outro estudo destacou a renovação das células imunes do cérebro (microglia) como estratégia futura para combater o Alzheimer. Essas descobertas reforçam a importância de identificar e intervir cedo, antes dos sintomas mais severos.

Investimentos em pesquisa

Nos Estados Unidos, o Centro de Pesquisa sobre Alzheimer da OHSU recebeu US$ 22,8 milhões para continuar estudos e apoiar ensaios clínicos. Além disso, o World Alzheimer Report 2025 foi lançado com foco na reabilitação em demência, defendendo cuidados personalizados que preservem a autonomia e a qualidade de vida.

Mobilização global

Setembro também é o Mês Mundial do Alzheimer, e em várias partes do mundo aconteceram campanhas de conscientização. Em Barcelona, foi anunciado um plano de 6 milhões de euros para prevenção e diagnóstico precoce. Já na França, a agência de saúde negou o acesso antecipado ao medicamento lecanemab, alegando eficácia clínica limitada e preocupações com segurança.

Reflexão final

Essas notícias mostram que a ciência avança, mas os desafios permanecem: medicamentos ainda trazem riscos, diagnósticos precisam de mais acessibilidade, e o cuidado humano continua sendo central. Enquanto aguardamos soluções mais seguras e eficazes, o que já podemos fazer — com exercícios, reabilitação, afeto e acompanhamento — faz toda a diferença no dia a dia de quem vive com Alzheimer.

Postar um comentário

Instagram

Vivências da Lucinda | Designed by Oddthemes | Distributed by Gooyaabi