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quinta-feira, 23 de outubro de 2025

Quando Fernando começou a mostrar os primeiros sinais de Alzheimer, errando ruas que conhecia tão bem, ficando nervoso por não achar a chave do carro, meu coração se apertou. Ele, que foi da Marinha, jogava basquete e sempre foi tão ativo, agora precisava de mim mais do que nunca. Mas percebi que, para cuidar dele, eu precisava cuidar de mim mesma.
Arquivo pessoal

 
Comecei a adotar hábitos simples para proteger minha memória e, quem sabe, fortalecer a dele. Hoje, compartilho o que fazemos por nós dois, com amor, fé e pequenas mudanças no dia a dia.

Cinco hábitos que adotamos em casa
Não sou médica, mas estudei e aprendi com leituras, conversas com amigos e até com o médico da família que pequenos passos podem ajudar a memória. Aqui estão cinco hábitos que fazem parte da nossa rotina:
  1. Comer com carinho e saúde: Trocamos frituras por alimentos bons para o cérebro, como peixes, nozes e frutas vermelhas. Uma vez, fiz um suco de morango para Fernando, e ele sorriu dizendo: "Isso me lembra nossa lua de mel."
  2. Manter o corpo em movimento: Fernando faz exercícios físicos com cuidadores, caminhamos juntos também, mesmo que seja devagar. Fernando já não joga basquete, mas gosta de sentir o sol enquanto andamos de mãos dadas.
  3. Desafiar a mente: Eu adoro palavras-cruzadas, e às vezes leio as dicas em voz alta para ele tentar. Também contamos histórias antigas, como as aventuras dele na Marinha.
  4. Conversar e rir com amigos: Reúno a família ou ligo para uma amiga. Esses momentos me recarregam, e Fernando se anima ao ouvir risadas.
  5. Rezar e confiar: A fé é nossa âncora. Oro todas as noites, pedindo força para nós dois. Isso acalma minha mente e me dá esperança.
O que aprendi nessa jornada

Cuidar da memória não é só sobre evitar algo no futuro, é sobre viver com mais leveza agora. Cada passo que dou, como comer melhor ou caminhar com Fernando, é um jeito de dizer "te amo" para ele e para mim mesma. Se você está cuidando de alguém com Alzheimer, comece com algo simples: um prato colorido, uma caminhada curta, uma oração.

E você, o que faz por sua memória?

Quero saber: quais hábitos você inclui no seu dia para se cuidar? Conte nos comentários, porque juntos aprendemos mais. Com Fernando, sigo acreditando que o amor e a fé movem montanhas – e protegem corações.

Meu Fernando sempre foi um homem de ação. Na Marinha, ele comandava com firmeza; no basquete, brilhava com energia. Ele conhecia cada rua da nossa cidade como a palma da mão. Mas, de repente, algo mudou. Ele começou a entrar em ruas erradas ao dirigir, ficava nervoso por coisas pequenas, como não encontrar a chave do carro. 

Meu coração apertava. "É só cansaço", eu pensava. Mas, lá no fundo, eu sabia que precisava agir. Hoje, quero compartilhar os primeiros sinais de Alzheimer que vi em Fernando e como enfrentamos o diagnóstico com amor e fé.

Eu e meu marido Fernando em nosso horário de leitura juntos

Os primeiros sinais que percebi


No começo, os sinais eram sutis, mas foram ficando mais claros. Aqui estão os que mais me marcaram:

Confusão ao dirigir: Ele, que sempre soube todos os caminhos, começou a errar ruas conhecidas, como se o mapa na cabeça dele estivesse embaçado.

Nervosismo incomum: Pequenas frustrações, como não achar a chave do carro, o deixavam irritado, algo raro para o homem calmo que conheci.

Não esperei muito. Anotei tudo o que vi num caderninho – datas, situações, mudanças. Levei essas anotações ao médico da família, que nos encaminhou para exames. Quando veio o diagnóstico de Alzheimer, senti um misto de medo e alívio. 

Medo do futuro, mas alívio por saber o que estava acontecendo. Comecei a adaptar nossa rotina: coloquei lembretes na casa, simplifiquei as tarefas do Fernando e rezei muito. Minha fé me segurou firme, como sempre.Lições que carrego comigo

Aprendi que os primeiros sinais do Alzheimer não são só esquecimentos: são mudanças no jeito de ser de quem amamos. Perceber cedo faz diferença. Se você está vendo algo diferente em alguém querido, não ignore. Converse, anote, procure um médico. E, acima de tudo, não se culpe. Cada dia com Fernando me ensina que o amor é mais forte que qualquer diagnóstico.E agora?

Hoje, vivo um dia de cada vez, com Fernando ao meu lado. A música nos ajuda, a oração nos guia, e o amor nos sustenta. Se você está passando por algo assim, como foi comigo, me conte nos comentários. Como você lida com esses primeiros sinais? Vamos nos apoiar nessa jornada.

Acabei de sofrer um tombo feio aos 79 anos. Três placas de metal agora sustentam meu quadril. A princípio, pensei que seria impossível me recuperar, que minha vida mudaria para sempre. Mas, de alguma forma, encontrei forças para me levantar e mais forte do que nunca.

A vida me ensinou que nunca é tarde para recomeçar. Encontrei nos exercícios e no projeto Vivências da Lucinda a razão para me levantar todos os dias. Cada movimento, cada treino, cada momento de cuidado comigo mesma é também uma forma de cuidar do meu amado marido, Fernando, que enfrenta doenças como Alzheimer e Parkinson.

Eu e meu marido na varanda enquanto uso cadeira de rodas nessa recuperação da cirurgia
confira o vídeo que postei nas redes sociais sobre o episódio: https://www.facebook.com/share/v/179uWy2wD4/

Ser cuidadora é um desafio diário, mas também é um propósito. O amor e a dedicação que coloco em cada ação me mostram que força não está apenas nos músculos, mas na vontade de viver plenamente, mesmo diante das dificuldades.

Hoje, sou a prova viva de que idade não é limite, e que obstáculos físicos ou emocionais podem ser superados com determinação e propósito. Minha história não é apenas sobre cair e levantar; é sobre encontrar motivos para se levantar todos os dias, mesmo quando tudo parece difícil.

Se eu consegui, o que te impede de tentar?

sexta-feira, 17 de outubro de 2025

Cuidar de quem amamos é um dos gestos mais puros de amor. Mas, quando o Alzheimer chega e o companheiro de uma vida inteira já não fala mais, o silêncio se torna um novo idioma. A rotina muda, as conversas desaparecem e, por vezes, parece que parte de nós também se perde nesse processo.

Eu e Fernando, antes dele ter o diagnóstico do Alzheimer

É nesse ponto que o amor-próprio se torna essencial. Ele não é egoísmo, é sobrevivência emocional. Continuar se olhando no espelho, arrumar o cabelo, escolher uma roupa bonita, ouvir uma música que faz bem, tudo isso é lembrar-se de que ainda existe você por trás do papel de cuidadora.

Ser mulher vai muito além das palavras que já não se ouvem. É sentir, cuidar, sonhar e seguir. Amar um marido com Alzheimer é viver um amor em silêncio, mas também é viver uma entrega que ensina todos os dias o que é presença verdadeira.

Manter o amor-próprio é encontrar pequenas alegrias no cotidiano: um café tranquilo, uma oração, uma lembrança boa. É saber que, mesmo que ele não fale, o amor ainda está ali, no olhar, no toque, no simples estar juntos.

E, acima de tudo, é não se esquecer de que você continua sendo inteira. Mulher, esposa, cuidadora, e também alguém que merece cuidado, ternura e descanso.

Lucinda Maria Freire Magalhães
Teóloga com Extensão em Aconselhamento Bíblico
✨ Vivências da Lucinda.

quinta-feira, 16 de outubro de 2025

A música tem um poder que vai além das palavras. Quando o Alzheimer ou o Parkinson chegam à vida de uma família, muitas vezes a comunicação se torna mais difícil, as lembranças começam a se confundir e o cotidiano ganha novos desafios. Mas a música continua abrindo caminhos de afeto e memória, mesmo quando quase tudo parece se apagar.

Nos momentos musicais com quem amamos, percebemos algo muito bonito: o olhar brilha diferente, o corpo reage, um leve sorriso aparece. É como se a pessoa voltasse a reconhecer o ritmo da vida. Estudos mostram que a música ativa áreas do cérebro ligadas à emoção e à memória, mesmo nas fases mais avançadas das demências. Isso explica por que tantas vezes uma canção antiga desperta lembranças que pareciam esquecidas.

Para quem vive com Alzheimer ou Parkinson, cantar, ouvir músicas conhecidas ou até balançar o corpo no compasso de uma melodia traz benefícios emocionais e físicos. Melhora o humor, reduz a ansiedade e ajuda na coordenação motora. Para os cuidadores e familiares, é também um momento de descanso emocional, de reencontro com o amor e a presença que às vezes o silêncio esconde.

Aqui em casa, a música faz parte das nossas vivências. São canções simples, muitas vezes as que marcaram a juventude, ou os hinos que fortalecem a fé. E nesses instantes, o tempo parece parar e tudo o que importa é estar junto. Confira em meu instagram qual música faz Fernando se lembrar de nós:

https://www.instagram.com/p/DKjwy9MuCbL/

Que cada família encontre seus momentos musicais. Coloque a canção preferida, cante junto, batam palmas, deixem o coração sentir. A música é um laço invisível que continua unindo mesmo quando as palavras já não vêm.

Lucinda Maria Freire Magalhães
Teóloga com Extensão em Aconselhamento Bíblico
✨ Vivências da Lucinda.

quarta-feira, 15 de outubro de 2025

A prática de exercícios físicos adaptados é uma ferramenta valiosa no cuidado de pessoas com Alzheimer, pois ajuda a preservar a mobilidade, fortalecer músculos, melhorar o equilíbrio, reduzir o risco de quedas, auxiliar no estado de humor, promover bem-estar e, potencialmente, retardar o declínio cognitivo. 

Quando o cuidador participa junto, torna-se uma atividade de vínculo, estímulo e acompanhamento seguro. Mas é importante que esses exercícios sejam adaptados às capacidades, limitações e fase da doença da pessoa com Alzheimer.


Benefícios dos exercícios em pessoas com Alzheimer (e do envolvimento do cuidador)

Alguns dos principais benefícios observados são:

- Melhora da aptidão física geral: ganhos em resistência, força muscular e flexibilidade. 
- Melhora do equilíbrio e redução de risco de quedas: exercícios de equilíbrio ajudam a prevenir acidentes.
- Melhora do humor, sono, comportamento e sintomas neuropsiquiátricos: a atividade física pode reduzir agitação, depressão e melhorar o bem-estar emocional. 
- Estimulação cognitiva indireta: o exercício aumenta o fluxo sanguíneo cerebral, ativando áreas cerebrais e favorecendo plasticidade neuronal. 
- Benefícios ao cuidador: ao praticar com o paciente, o cuidador também melhora sua condição física, reduz estresse e fortalece o vínculo.

Agora quero ver vocês colocando em prática!

Se fizerem algum desses exercícios com seus familiares, marquem nos stories @vivenciasdalucinda. Vou adorar ver como cada um adapta as atividades e incentiva o movimento em casa. O exercício, além de cuidar do corpo, é uma forma linda de conexão e amor no dia a dia com quem vive o Alzheimer. 

Lucinda Maria Freire Magalhães
Teóloga com Extensão em Aconselhamento Bíblico
Vivências da Lucinda

terça-feira, 14 de outubro de 2025

Nos últimos meses, um novo estudo chamou a atenção do mundo científico e também das famílias que convivem com demência. Pesquisadores brasileiros observaram que o consumo frequente de adoçantes artificiais pode estar relacionado a um declínio mais rápido da memória e das funções cognitivas. Essa descoberta acendeu um alerta sobre algo que parecia inofensivo no dia a dia: aquele adoçante que colocamos no café pensando estar fazendo uma escolha mais saudável.

O estudo acompanhou milhares de pessoas de meia-idade e mostrou que quem usava mais adoçantes apresentou um desempenho pior em testes de memória e raciocínio. Os cientistas explicam que esses produtos podem interferir na microbiota intestinal, afetando substâncias que se comunicam diretamente com o cérebro. É impressionante como o corpo humano é uma engrenagem tão delicada, onde até o que parece pequeno pode fazer diferença com o tempo.

É importante dizer que os adoçantes não são vilões absolutos. O que precisamos é de equilíbrio. Para quem tem restrições ao açúcar, como diabéticos, o uso orientado por um profissional de saúde continua sendo seguro e necessário. Mas para o restante das pessoas, talvez valha a pena repensar o uso diário e buscar outras formas de adoçar a vida, com frutas, alimentos naturais e moderação.

Aqui em casa, cada refeição é um cuidado, uma oportunidade de nutrir corpo e mente. A alimentação é uma aliada poderosa no cuidado com quem tem Alzheimer ou outras demências. Pequenas mudanças, feitas com amor e paciência, podem melhorar o bem-estar e até a disposição. Comer bem é também uma forma de carinho, tanto para quem cuida quanto para quem é cuidado.

Que possamos refletir sobre nossas escolhas diárias. Às vezes, o segredo está em voltar ao simples, ao natural, ao que vem da terra. O equilíbrio é sempre o melhor caminho e é ele que nos ajuda a preservar o que temos de mais precioso: a memória e a vida que compartilhamos com quem amamos.

Lucinda Maria Freire Magalhães
Teóloga com Extensão em Aconselhamento Bíblico
Vivências da Lucinda

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